FRASE DA SEMANA (mande a sua)

Na maioria das vezes somos causadores das nossas próprias desgraças!!! "Nogueira"

terça-feira, 22 de julho de 2008

DDS - Proatividade X Reatividade

10 Feb - Qual a diferença mesmo?


Temos recebido esta pergunta com frequência. Muitas pessoas vêem este conceito de forma simplista – “proatividade é ter iniciativa” – muitos pensam. Mas como se diz popularmente, “o buraco é mais em baixo”!

Iniciativa em si não define de fato a proatividade, pois o conceito contrário – a reatividade – também envolve iniciativa.

Vamos voltar para o começo então, a base do conceito! O que, acima de tudo, diferencia um indivíduo proativo de um reativo?

A postura mental! E nós temos falado bastante deste assunto aqui no site! A postura mental é o que no final das contas define seus resultados na vida: excelência x mediocridade, sucesso x fracasso, “sorte x azar”, oportunidades, felicidade, satisfação, depressão, enfim, a lista é longa! Todas estas questões são definidas por sua postura mental!

Mas o que é postura mental? É o seu posicionamento, os seus paradigmas, os seus conceitos internos que definem como a vida é e como as coisas devem ser ser e acontecer. Quanto mais cristizados, ou “imutáveis” são estes conceitos, mais dificuldades você terá na vida.

Nossos paradigmas são como mapas que nos informam como é o território onde estamos pisando. O problema é que nós, seres humanos, não compreendemos o território, nenhum dos nossos mapas pode ser considerado 100% correto, nós sempre estamos errados em alguns pontos e certos em outros. A teimosia em não admitir este fato é o que faz nossos paradigmas se cristalizarem – passamos a acreditar que nosso ponto de vista é “o correto” e que todos deveriam fazer as coisas da forma como acreditamos que devem fazer.

Esta postura mental rígida e imutável é contrária à proatividade. Por quê? Porque o indivíduo que acredita fielmente que seu ponto de vista é o único correto esgotará suas forças para brigar e provar que está certo. Isto gera irritabilidade, frustração, decepção, baixa auto-estima, baixa autoconfiança, medo e por fim depressão, em casos em que a pessoa adota o papel de vítima – “já que ninguém vai concordar comigo, então eu vou fazer bico”.

O indivíduo proativo pouco se importa com o que os outros pensam e como levam suas vidas, ele tem mais com que se preocupar. A energia e o tempo que o reativo gasta reclamando, brigando, defendendo seu ponto de vista, se irritando, se frustrando quando as coisas dão errado, o proativo investe na busca de seus objetivos. E tudo isso nasce na postura mental.

O proativo está consciente de que suas idéias e conceitos podem estar equivocados e está aberto para aprender e mudar. Ele assume riscos e também a responsabilidade por quaisquer erros, coisa que o reativo não faz – se ele está 100% certo em tudo, como é que ele cometeu um erro? Ah, foi culpa de alguém, ou do ambiente!

O grande problema é que indivíduos reativos pensam que são proativos! Eles não se vêem como realmente são! Quando finalmente são encurralados pela vida ou mesmo por sua própria consciência e são obrigados a admitir a si mesmos que estiveram errados e cometeram erros, eles adotam o papel de vítima e se fazem de coitadinhos, fazendo pouco caso de si mesmos e repetindo frases do tipo “eu não sirvo pra nada mesmo”, “eu sou um perdedor, nunca vou conseguir nada na vida”, “não adianta nem eu tentar, não vai dar certo mesmo, eu sou um azarado…”, “nada dá certo pra mim, não sei porque…”

A intenção insconsciente é óbvia, conseguir atenção alheia, mas em nossa sociedade, a “sociedade da pena”, pouco estímulo eficaz estes indivíduos acabam recebendo, tanto de pessoas próximas, quanto de profissionais. Alguns tentam encontrar a culpa na infância e ficam nisso mesmo, só alimentando ainda mais a crença de que o indivíduo é uma pobre vítima de seu próprio passado. Outros simplesmente receitam remédios, há ainda os que não falam nada, só ouvem… Pouquíssimos são os que de fato resolvem o problema. E por quê? Porque para resolver o problema de um indivíduo reativo, é preciso ser antipático e dizer-lhe coisas que ele não está disposto a ouvir, o que geralmente resulta na perda do cliente, coisa que estes profissionais não querem!

Mas como saber então se eu sou proativo ou reativo? Observe sua rotina diária, você se sente frustrado com frequência? Você fica irritado com facilidade? Quais os motivos de suas discussões com pessoas próximas? Nas últimas vezes que você se programou para fazer algo e não conseguiu fazer, quais foram os motivos? Você está à todo vapor seguindo em direção aos seus objetivos? Por que não? Sua resposta a esta pergunta envolve muitas desculpas e racionalismos?

Outro ponto que pode ajudá-lo a identificar se você é proativo ou reativo é analisar como você vê as dificuldades do mundo à sua volta. Você sente pena com facilidade? Você culpa economia, governo, vida ou sorte pelo fracasso dos outros?

Se você se identificar como reativo, não se desespere! O primeiro passo já foi conquistado. A mudança de postura mental muitas vezes é questão de “uma única ficha que deve cair”, quando isto acontecer, sua atitude no dia-a-dia muda como num passe de mágica, você começa a ver quanto tempo e energia perdeu se importando com coisa pequena, se auto-afirmando e convencendo o mundo de que você estava certo, ou simplesmente se frustrando com coisas que não aconteciam da forma como você esperava.

Fran Christy - Escritora e consultora em desenvolvimento pessoal e estratégia.

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