FRASE DA SEMANA (mande a sua)

Na maioria das vezes somos causadores das nossas próprias desgraças!!! "Nogueira"

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

DDS - Alergias respiratórias em escritórios

Você trabalha em um escritório moderno, com móveis novos, carpete, ar-condicionado e sente-se seguro. Nesse ambiente, deixam-se as doenças do lado de fora, imagina-se. Mas o que pouca gente sabe é que esse escritório pode se transformar numa usina de doenças se os mesmos objetos que dão conforto não forem limpos e cuidados. E nessa fábrica o perigo maior se esconde nos dutos do ar-condicionado. Sem manutenção, eles se tornam a porta de entrada para o ataque de fungos e bactérias responsáveis por sérios problemas respiratórios. Arrisca-se a contrair até uma infecção pulmonar por legionella, um dos fungos mais perigosos e que foi o primeiro microorganismo a infectar o ministro Sérgio Motta, há sete anos. Por isso, logo após a morte de Motta, vítima de uma doença respiratória, o ministro da Saúde, José Serra, criou um grupo de estudos sobre os perigos do ar-condicionado. Com base nesse relatório, a Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde vai estabelecer regras para a manutenção dos aparelhos de ar-condicionado. Isso porque o Brasil não possui nenhuma regulamentação sobre o uso e a conservação desses aparelhos. E é justamente aí que mora o perigo. Há três anos, a equipe de bibliotecários da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) descobriu que muitos dos livros e das revistas do acervo da biblioteca estavam infectados por fungos. Os funcionários foram afastados do serviço para que não se infectassem. Constatou-se que o responsável por tamanho estrago foi o aparelho de ar-condicionado. A temperatura do ar estava exageradamente fria, situação apropriada para o aparecimento de fungos e bactérias.

Mas a doença não vem só do ar refrigerado. A fumaça do tabaco é outro mal. "Um único cigarro libera no ar de três a quatro mil produtos químicos. Destes, cerca de 30 são tóxicos ou cancerígenos", alerta Ubiratan de Paula Santos, pneumologista de São Paulo. Os não-fumantes estariam sujeitos, a longo prazo, ao mesmo tipo de problemas dos fumantes. A poeira e os ácaros (espécie de carrapatos microscópios) são outras grandes ameaças. Acumulados em carpetes, pilhas de papéis e cortinas, eles podem causar irritações nas vias respiratórias, rinite, tosse e espirro. "Até mesmo inofensivas divisórias ou mesas podem ser traiçoeiras", diz o engenheiro Francisco Kulcsar, pesquisador da Fundacentro, órgão do Ministério do Trabalho. Quando novas, contêm componentes orgânicos voláteis (COV), como o benzeno, e os formaldeídos, presentes, também, em materiais de limpeza e em fotocopiadoras. Essas substâncias causam problemas respiratórios, dermatites e irritação nos olhos.

Esses fatores reunidos geram o que os especialistas chamam de Síndrome do Edifício Doente. Um exemplo é o Congresso Nacional, em Brasília. Um estudo do Serviço Médico da Câmara aponta que 20,7% dos atendimentos em otorrinolaringologia do serviço apresentam patologias relacionadas ao ambiente da Câmara. São gripes, alergias, irritações nos olhos e outros males que poderiam ser evitados se os devidos cuidados fossem tomados para que o local de trabalho se tornasse mais saudável.

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