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Na maioria das vezes somos causadores das nossas próprias desgraças!!! "Nogueira"

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

DDS - Perdoar faz bem

Quando na vida, ocupamos um espaço muito grande para algum ressentimento, possuímos uma mágoa, é o que argumenta Fred Luskin em seu livro O poder do perdão da Editora Novo Paradigma (2002). Para ele, perdoar é diminuir esse espaço, é viver a vida com outra intensidade, é estar menos mobilizado por uma história sobre a mágoa.

“O perdão é a sensação de paz que emerge quando o sujeito assume seu sofrimento em termos menos pessoais, assume a responsabilidade de como se sente e torna-se herói e não uma vítima na história que relata”, afirma Fred Luskin.

Perdão é a compreensão de que o sofrimento faz parte da vida, e que raiva e ressentimento são reações pertinentes aos acontecimentos dolorosos. É uma habilidade que se pode aprender, assumindo a responsabilidade por como nos sentimos quando alguém nos faz sofrer. Não podemos mudar o passado, mas aprendemos a lidar com essas lembranças e não a esquecê-las.

Quando culpamos outra pessoa pela maneira como nos sentimos, damos a essa pessoa o poder sobre nossas emoções, levando a nos sentir vítimas de alguém, por isso, o autor refere-se que “conservar pessoas responsáveis por suas ações não é o mesmo que culpá-las pelo jeito que você se sente. É difícil se livrar do sofrimento diante da crueldade das pessoas”. Embora ferido, o perdão significa que o sujeito opte por se magoar e sofrer menos e por fazer parte da solução do problema.

Segundo Greenberger e Padesky, autores do livro A mente vencendo o humor, é normal sentir raiva, a qual só será um problema, quando aparecer com muita freqüência ou muita intensidade. Também é prejudicial quando está ausente, pois a incapacidade de reagir frente a uma situação de maltrato, reagindo com resignação, surge na pessoa sentimentos negativos que levam à depressão.

O modelo teórico cognitivo-comportamental pressupõe que as nossas emoções e comportamentos são influenciados pela maneira de como percebemos e interpretamos os eventos, e como em todos os estados do humor, a raiva é sustentada por pensamentos e crenças específicos, que muitas vezes podem estar distorcidos.

Através das técnicas da terapia cognitivo-comportamental, as crenças não verdadeiras e os pensamentos distorcidos podem ser modificados, desenvolvendo-se novas crenças, facilitando a mudança dos estados de humor e do comportamento.

Raiva e Saúde

A raiva é uma emoção que resulta estresse, proporciona uma revolução orgânica que pode causar transtorno físico agudo, do tipo infarte ou derrame.

O ódio implica numa mágoa crônica que gera o desequilíbrio interno corporal, “mais compatível com o câncer, com arteriosclerose, com a diabetes e com a hipertensão crônica” afirma o psiquiatra G. J. Ballone, em Raiva e ódio: emoções negativas, encontrado no site www.psiqweb.med.br.

“Alguns estudos médicos e psicológicos revelaram que raiva e hostilidade duradouras são prejudiciais à saúde cardiovascular” afirma Fred Luskin, tais como nos motivos apresentados nos exemplos abaixo:

Hipertensão arterial: por causa da contração dos vasos sanguíneos.

Arritmias cardíacas : por causa da estimulação simpática ou parassimpática.

Trombose e oclusão das coronárias: devido ao aumento da agregação das plaquetas e mobilização das placas de gordura.

Infarto do miocárdio: devido à oclusão das coronárias ou aumento do consumo de oxigênio pelo miocárdio

Outras enfermidades também podem ser acentuadas ou causadas pela mágoa e pelo rancor, dentre elas estão: dor de cabeça, dores musculares, fibromialgia, gastrites e úlceras, problemas intestinais, problemas de memória, problemas de pele, queda na imunidade, vertigem, doenças alérgicas, como a asma, por exemplo e a depressão. A depressão é fator de risco tanto para as doenças cardíacas como para o derrame cerebral.

Portanto, reflita sobre suas histórias de mágoas, propicie que elas se transformem em histórias de perdão. Perdoar faz bem em todos os sentidos, faz bem ao corpo, à alma e principalmente enriquece nossos relacionamentos.


Autor/ Fonte
Márcia Copetti / Márcia Copetti
Site Médico

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