FRASE DA SEMANA (mande a sua)

Na maioria das vezes somos causadores das nossas próprias desgraças!!! "Nogueira"

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

DDS - Medicamentos Sem Prescrição Médica

Considerações sobre a segurança





A segurança é a preocupação principal dos organismos oficiais para determinar se um fármaco adquirível apenas com prescrição médica pode passar a vender-se sem receita. Todos os fármacos têm benefícios e riscos, isto é, devem tolerar-se alguns riscos se se quiserem obter os benefícios de um fármaco. No entanto, deve definir-se um grau de risco aceitável.

A segurança de um fármaco de venda livre depende do seu uso adequado. O uso apropriado é frequentemente determinado pelo próprio consumidor, havendo assim uma margem de erro. Por exemplo, a maioria das dores de cabeça não são perigosas, mas em casos excepcionais uma dor de cabeça pode ser um sinal de alarme que indique a presença de um tumor ou de uma hemorragia cerebral. Do mesmo modo, o que parece ser acidez de estômago poderá ser o sinal de alarme de um enfarte cardíaco iminente. Por último, deve utilizar-se o bom senso para determinar se um sintoma ou uma indisposição são ligeiros ou requerem atenção médica.

Os fabricantes e os organismos oficiais tentam equilibrar segurança e eficácia, determinando as doses apropriadas dos fármacos que se vendem sem receita.

Quando se adquirem fármacos sem prescrição médica, devem ler-se e seguir-se as instruções com cuidado. Dado que o mesmo nome comercial se pode aplicar a uma fórmula de libertação imediata ou a uma fórmula de libertação controlada (libertação lenta), deve verificar-se o rótulo todas as vezes que se adquire o produto. Não é seguro assumir que a dose é a mesma.

Nos últimos anos verificou-se um aumento excessivo de marcas, por isso também é importante controlar os componentes e não se fiar nos nomes comerciais conhecidos. Por exemplo, podemos dispor de mais de uma dúzia de formulações diferentes de um mesmo nome comercial com uma grande variedade de componentes. Nem todos os produtos de um certo antiácido contêm os mesmos componentes (alguns contêm óxidos de alumínio e magnésio, outros contêm carbonato de cálcio). Ao escolher um produto, deve saber-se que ingrediente é o mais apropriado para um problema específico.

Algumas pessoas experimentam efeitos adversos provocados por fármacos de venda livre, embora os utilizem de forma correcta. Por exemplo, a anafilaxia (Ver secção 16, capítulo 169), uma reacção alérgica grave e rara ocasionada por analgésicos como a aspirina, o quetoprofeno, o naproxeno ou o ibuprofeno, pode causar urticária, picadas, problemas respiratórios e colapso cardiovascular. Estes fármacos também podem irritar o aparelho digestivo e causar úlceras.

Muitas vezes, os rótulos dos fármacos de venda sem prescrição médica não facultam a lista completa das reacções adversas possíveis. Devido a isso, julga-se que estes fármacos apresentam poucos ou nenhum efeito adverso. Por exemplo, o folheto de um analgésico só recomenda para não se tomar o fármaco durante mais de 10 dias. A informação da caixa, o invólucro e o folheto que acompanham o fármaco não descrevem os possíveis efeitos adversos graves devidos ao uso prolongado. Como consequência, as pessoas que sofrem de dor ou inflamação crónica podem tomar o fármaco durante muito tempo sem ter em conta os problemas que podem surgir.

http://www.manualmerck.net/?id=39&cn=594&ss=hemorragia

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