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quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Convenções internacionais: Amianto crisotila continua fora da lista internacional de substâncias perigosas, informa a presidente do IBC

Agora é definitivo. Até 2010 tudo continuará como antes no que se refere ao comércio internacional do amianto crisotila, fibra mineral utilizada principalmente na produção de telhas e caixas d’água: o mineral prosseguirá fora da lista de produtos perigosos, a despeito de toda a pressão em contrário exercida nos últimos dois anos pelo movimento Ban Asbestos (que defende o banimento puro e simples dessa matéria-prima no mundo inteiro). Não houve consenso sobre a inclusão do crisotila nessa lista, entre os representantes de mais de 120 países que participaram em Roma (Itália), da 4ª Conferência das Partes (COP-4, sigla em inglês) da Convenção de Roterdã sobre o Procedimento de Consentimento Prévio Informado (PIC, sigla em inglês) para o Comércio Internacional de Certas Substâncias Químicas e Agrotóxicos. A reunião terminou na sexta-feira (dia 31 de outubro).
A proposta feita por alguns países liderados pela Suíça, para que em vez de consenso passasse a haver votação para a inclusão de novas substâncias na lista de produtos perigosos da Convenção de Roterdã, foi reprovada por mais de 50 países.
Na última terça-feira (28), as delegações da Índia, Paquistão, Filipinas e Vietnã se opuseram sem meias palavras à inclusão do amianto crisotila na chamada lista vermelha da Convenção de Roterdã, evitando assim que fossem criadas dificuldades ao comércio internacional do produto. Brasil e Canadá, dois dos principais produtores mundiais de amianto crisotila, mantiveram-se neutros.
Para Marina Júlia de Aquino, presidente do Instituto Brasileiro do Crisotila (IBC), a recusa por parte da comunidade internacional de incluir o mineral na lista dos produtos perigosos merece uma reflexão maior por parte dos brasileiros, “especialmente os paulistas, que recentemente passaram a conviver com uma lei estadual que proíbe o uso do produto, o que poderá encarecer significativamente o custo da casa própria”.
O IBC é uma entidade tripartite de que participam representantes de empresários, de trabalhadores e governamentais, que defende o uso controlado e seguro do mineral.
No Brasil, desde 1980, quando a empresa que explora a única mina brasileira de crisotila (em Minaçu, GO) e os fabricantes de telhas de amianto passaram a investir em tecnologia para proteção de seus trabalhadores e despoeiramento do local de trabalho, não se registrou entre os trabalhadores nenhum caso de doença causada pelo mineral.

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