FRASE DA SEMANA (mande a sua)

Na maioria das vezes somos causadores das nossas próprias desgraças!!! "Nogueira"

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Cuidado com a Obesidade



Causas do aumento da obesidade

Os Estados Unidos apresentam níveis de obesidade considerados alarmantes com aumento dos casos de hipertensão e obesidade, as complicações mais importantes do ganho de peso. O Brasil, que ainda apresentava níveis elevados de desnutrição na década de 70, apresentou ao longo dos últimos 30 anos um crescimento muito grande da obesidade associado a uma diminuição da desnutrição. Esse processo recebe o nome de transição nutricional.
Muitos são os fatores que influenciam as alterações de peso.

O chamado estilo de vida ocidental, com grande acesso a quantidade de alimentos extremamente calóricos (fast food), associado a uma diminuição da prática de atividade física, leva a um aumento importante de peso. A queda do tabagismo se associa a um aumento do IMC. As pessoas que param de fumar geralmente engordam. Várias são as causas. A principal é a capacidade de voltar a sentir o gosto dos alimentos (o paladar é muito comprometido nos fumantes).


A mudança dos hábitos de dieta e uma vida mais sedentária são os pontos mais importantes para o ganho de peso. Fatores como renda e educação também influenciam bastante. Hoje em dia sabe-se que há uma relação muito importante entre ganho de peso e aumento da mortalidade cardiovascular. Esse aumento da mortalidade cardiovascular é causado pelo aumento da freqüência de hipertensão e de diabetes nos obesos. Uma regra simples é que cada pessoa deve manter o peso que tinha aos 20 anos e também evitar as seqüências de ganho e perda de peso sucessivos. Evitar o ganho de peso significa prevenir a hipertensão e o diabetes e, conseqüentemente, diminuir o risco de doença cardiovascular, a maior causa de morte no Brasil (40%) das mortes) e em quase todos os países do mundo.



Mudanças nos padrões de dieta no Brasil

Estudos das décadas de 70 e 80 já mostravam uma alteração dos padrões de dieta nas áreas metropolitanas das grandes cidades brasileiras. Houve um aumento do consumo de produtos de origem animal como leite e seus derivados, carnes e ovos ao mesmo tempo em que o consumo de cereais, feijão raízes e tubérculos (por exemplo, batata, mandioca) caiu bastante. Paralelamente houve a substituição das gorduras animais como banha, toucinho e manteiga pelas vegetais (óleos vegetais, principalmente os de soja e as margarinas). Fonte: Mondini e colaboradores. Mudanças no padrão de alimentação da população brasileira 1962-1988. Rev Saúde Pública 1994.
Utilizando dados das pesquisas sobre orçamentos familiares na década de 90 pelo IBGE nas regiões metropolitanas, Monteiro e colaboradores mostraram várias alterações da dieta brasileira na última década em relação às décadas anteriores. O consumo de carnes continuou aumentando em todas as regiões metropolitanas enquanto o consumo de ovos caiu principalmente nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste.
O consumo de leite e derivados também continuou aumentando exceto pelo consumo de manteiga que caiu. Houve uma diminuição no consumo de leguminosas, raízes e tubérculos associado a uma estabilização do consumo de cereais no Centro-Oeste, Sudeste e Sul com um pequeno aumento nas regiões Norte e Nordeste. O consumo de açúcar refinado e refrigerantes cresceu em todas as áreas e a o consumo de óleos e gorduras vegetais manteve-se constante nas regiões Norte e Nordeste e declinou intensamente no Centro-Sul.
Uma análise do país como um todo mostra um aumento do consumo de gorduras nas regiões Norte e Nordeste associado a um aumento de gorduras saturadas em todas as regiões do país contrastando com uma queda do consumo de carboidratos e da queda do consumo de leguminosas, verduras, legumes e frutas. O consumo de açúcar que já era excessivo em estudos das décadas de 60-80 aumentou ainda mais. Somente nas regiões do Centro-Sul houve uma tendência de adoção de uma dieta mais saudável com queda do consumo de ovos e uma pequena diminuição no consumo de gorduras.

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